Memória & Utopia lançou, na Semana da Consciência Negra de 2025 (17 a 22 de novembro) os vídeos-entrevistas Uma ação evangélica pioneira: Os 40 anos da Pastoral de Combate ao Racismo da Igreja Metodista. Os vídeos estão disponíveis no canal do Youtube @memoriaeutopia (assista aqui).
Três entrevistas-chaves
A memória dos 40 anos da Pastoral de Combate ao Racismo da Igreja Metodista é recuperada pelo Memória & Utopia por meio dos depoimentos de três personagens significativas nesta ação pioneira entre evangélicos no Brasil, empreendida nos anos 1980: a teóloga Marilia Schuller, o professor Gerson Martins e a teóloga e ativista Maria da Fé Viana, carinhosamente conhecida como Fézinha.
São entrevistas emocionantes, instigantes e cheias de importantes reflexões que destacam o lugar significativo do incansável pastor Antonio Olimpio Sant’Ana (in memoriam). A Comissão Nacional de Combate ao Racismo (CENACORA) criada por ele, animou metodistas, depois outros evangélicos e o movimento ecumênico a ingressarem nesta importante caminhada por justiça racial no Brasil, dentro e fora das igrejas.
Lançamento dos vídeos-entrevistas
Além do lançamento nas redes, Memória & Utopia se fez representar, pelos integrantes Leonardo Viana e Vera Lunardi, em dois momentos presenciais, nos quais houve oportunidade de apresentar os vídeos-entrevistas e convidar pessoas a assistí-los. Um deles foi o culto celebrativo dos 40 anos da Pastoral de Combate ao Racismo no Rio de Janeiro, realizado na Igreja Metodista da Usina (bairro da cidade do Rio de Janeiro), em 22 de novembro de 2025 (foto acima). Duas das personagens entrevistadas estiveram presentes, Maria da Fé Viana (Fézinha) e Gerson Martins, e deram seus depoimentos aos participantes (abaixo). No dia seguinte, no domingo 23 de novembro, da Igreja Metodista na Rocinha celebrou a Semana da Consciência Negra e os 40 anos da Pastoral, com sermão pela Fézinha.
Nos dois eventos foram exibidos trechos dos vídeos-entrevistas, sob a palavra de Leo Viana (fotos abaixo).
Memória de valor!
Conhecer a memória das ações evangélicas de enfrentamento do racismo no Brasil por meio destas entrevistas concedidas ao Memória & Utopia, é se inspirar nas histórias de mulheres e homens negros que há décadas denunciam a face perversa do racismo, a estrutura socialmente construída, que está presente também nas igrejas de forma velada mas muito intensa. Estas pessoas cristãs têm-se dedicado a conclamar que esta seja uma pauta não apenas de pessoas negras, mas de todas as que atuam por justiça e paz, encarnando uma perspectiva antiracista.
